Deixe-me usar os verbos no presente porque estou completamente esgotada das lembranças do passado e das expectativas para o futuro. Deixe-me criar um vocativo qualquer para usar em minhas declarações; preciso de alguém a quem dedicar tão sofridas palavras… Ah, querido, venha cá, sente-se ao meu lado e escute-me, pois não sei se já compartilhei tamanha revelação: essas músicas depressivas e cartas amassadas arrancaram mais do que eu estava disposta a doar e agora só resta um quarto de mim. Então, por favor, peço que também deixe-me em paz com meus pedaços para que eu possa reconstruir-me com cuidado e atenção, e só assim talvez não cometa os mesmos erros assombrosos do passado. Eu peguei alguns vícios de linguagem como chamar-lhe de amor, anjo ou querido, mas quero descartar tais manias infelizes; esses cognomes não lhe são dignos. Agora eu mesma sou meu amor, minha vida, minha razão; cansei de viver por outro alguém e de embriagar meu sofrimento com suas esmolas. E me desculpe, de verdade. Nunca quis ser empecilho ou muro de granito, apenas desejei um amor e sua correspondência. Mas já aprendi a lição e é fato: não cairei na tentação de conjugar o verbo amar no tempo errado.
Nossos Sonhos
3 comentários:
Oi...adorei seu blog se puder visitem o meu..
diario-mundoadolescente.blogspot.com
muito lindo cara ><
se puder vizitar o meu ta ai:
marcelyferracioli.blogspot.com
gostei mto desse blog..
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